Já lá diz o povo “Em casa em que não há pão, todos ralham e
ninguém tem razão”.
Aquando da candidatura do Sr. Godinho à presidência d’O
Maior uma das maiores preocupações da massa adepta era se uma lista que se
apoiava na força dos nomes que rodeavam um presidente de credibilidade
desconhecida iria resistir quando começassem a surgir as primeiras
contrariedades.
Foi sem surpresa para ninguém que quando a ração começou a
escassear dentro do saco de gatos directivo o fraco nó que o atava não resistiu
ao estrebuchar dos bichos e deu de si, deixando os felídeos darem à sola a
grande velocidade. Saiu Freitas, saiu Duque, saiu PPC e por ai adiante uns
atrás dos outros, ficou Godinho como lapa agarrada ao casco do navio que
afunda.
Agora o momento que
atravessamos é digno do argumento de alguma prequela do The Matrix, a máquina
revolta-se contra o criador, o criador agarra-se com unhas e dentes à ilusão
que ainda tem o comando mesmo sabendo que os dias estão contados. Nas palavras do Agente
Smith “Hear that mister Anderson? That is the sound of inevitability”. A diferença é uma só, a
locomotiva do Metro dessa película é substituída em Alvalade pelo restolho das
VMOCS, dos Barrosos, dos Barbosas e dos incumprimentos monetários que se
adivinham.